Posted: July 7th, 2014 | Author: Amazônia em Chamas | Filed under: Geral | Comments Off on Indigenas ocupam unidade regional de educação e pedem respeito a educação diferenciada.
Uma comissao de Indígenas da Etnia ka’apor ocuparam hoje (7) a Unidade Regional de Educação (URE) de Zé doca, oeste do Maranhão. A comissão exige o cumprimento de 12 pontos fundamentais para a construção de uma educação digna e diferenciada de acordo com a cultura Ka’apor. Dentre eles, o reconhecimento do centro de formação de saberes Ka’apor, organização e repasse da merenda escolar, construção e reforma de escolas, e o pagamento dos salarios aos professores, atrasados há mais de 2 meses. Segundo Florença Cutrim, gestora da URE, para isso é necessário efetuar o recadastramento dos professores. Agora, a URE e os indigenas correm contra o tempo para trazer os professores das aldeias até a regional em Zé Doca. Os indígenas afirmam que não vão se retirar do local até que as reivindicações sejam atendidas.
De Zé Doca, texto e fotos: Hugo Nascimento – Amazônia em Chamas.
Foto e txt Hugo nascimento – amazonia em chamas – de Zé doca.
Posted: July 2nd, 2014 | Author: Amazônia em Chamas | Filed under: Geral | 2 Comments »
Hoje, 2 de julho, em Presidente Médice, pequeno município no interior do Maranhão, cerca de 150 indígenas da etnia Ka’apor e a Coordenação das Organizações e Articulação dos Povos Indígenas do Maranhão (COAPIMA) se reuniram para debater os desafios que enfrentam para a manutenção de suas culturas frente aos projetos desenvolvimentistas do Estado e do capital. Os principais pontos debatidos são a defesa do território Ka’apor, ameaçado pelo avanço de madeireiros dentro da terra indígena, homologada em 1989, e a continuidade do Etnomapeamento da TI Alto Turiaçu. Em conversa realizada durante a manhã algumas questões foram levantadas. Além de colocadas as ameaças do agronegócio e da agropecuária aos direitos indígenas, foram pautadas também a importância da união entre os povos como mecanismo de fortalecimento e resistência das etnias em defesa do meio ambiente e do seu modo de vida, bem como a necessidade de educação autônoma diferenciada, e saúde especifica de acordo com a cultura Ka’apor. “Hoje nós fala 100% a língua [Ka’apor], daqui a cinco anos a gente pode perder isso, por isso a importância da educação”, evidencia Yrakajú Ka’apor. A reunião, que segue por tempo indeterminado pretende avançar no planejamento do processo de monitoramento territorial e ambiental, com o etnomapeamento e etnozoneamento, que vendo sendo realizado pelos próprios indígenas e se configura como mais um dispositivo para a proteção do território de 530.000,00 hectares. As estimativas apontam que destes, ao menos 60.000,00 estão devastados pelo avanço das atividades madeireiras.
ft & txt Hugo Nascimento